Comecemos pelo princípio. O que é a liderança? Tão simples como a capacidade de uma pessoa ou grupo de pessoas influenciar e orientar outras. Pode ser o líder de um projeto, o líder de um departamento, o líder da própria empresa. O seu importante trabalho envolve a tomada de decisões, a definição de objetivos realizáveis e a partilha do conhecimento e das ferramentas necessárias para atingi-los. Mas o papel dos líderes está a mudar face à velocidade da transformação digital.
De facto, as características normalmente associadas a um líder, como a autoconfiança, a capacidade de comunicação e gestão, a proatividade, a visão e o controlo dos riscos, entre outras, precisam de se adaptar para absorver a evolução de mentalidade e a cultura das organizações fomentadas por um mundo cada vez mais digital e conectado.
A liderança estratégica
Hoje, espera-se cada vez mais de um líder. Independentemente da sua área de especialização, espera-se que atue muito próximo do negócio, que esteja totalmente alinhado com a sua otimização e crescimento, que seja o motor da inovação, que incentive a partilha de ideias de forma transversal, e que tenha capacidade para motivar a equipa a comprometer-se e a envolver-se ativamente. Afinal, o desempenho da empresa é a soma de cada uma das suas partes e por isso todas têm de contribuir de forma efetiva e eficaz.
E à medida que a transformação digital avança, os líderes aumentam a sua responsabilidade no aproveitamento das suas potencialidades, quer na melhoria dos processos existentes quer na adoção de novos modelos disruptivos. Surge assim a oportunidade de inspirar e encabeçar iniciativas digitais com real impacto no negócio: e não é preciso começar logo em grande e fazer tudo ao mesmo tempo, o importante é principiar e ir alargando a toda a empresa – de forma estratégica, integrada e envolvendo todos os que delas beneficiam.
A tecnologia como braço-direito do líder
Na era da transformação digital, não há dúvida que a tecnologia é um verdadeiro braço-direito dos líderes que querem construir e contribuir para organizações mais prósperas e na vanguarda do que melhor se faz na área em que atuam. É essa visão abrangente que os líderes precisam de ter: aproveitar e colocar a tecnologia ao serviço das pessoas e do negócio. Por exemplo, ter um fácil e rápido acesso à informação de gestão necessária para a tomada de decisões fundamentadas e em tempo útil. Automatizar tarefas repetitivas, desgastantes e propensas a erro para melhorar a produtividade e permitir que o foco possa incidir em ações estratégicas que acrescentam valor. Qualificar e dar as ferramentas certas à equipa para que possa desempenhar o seu trabalho com a maior agilidade possível. Usar o business intelligence para antecipar tendências, promover a inovação e implementar iniciativas de marketing. Aproveitar o potencial da cloud, das plataformas online, dos chatbots para fazer o negócio chegar mais longe. Dar mais autonomia e poder aos colaboradores com ferramentas self-service. E tanto mais!
Com as equipas capacitadas em termos de conhecimento e a tecnologia a ser aproveitada como acelerador e facilitador da atividade, o papel do líder é orientar e estimular, inspirar e envolver todos num projeto comum com benefícios visíveis e percetíveis por cada membro. Ou seja, fazer com que as pessoas se apaixonem pela “missão” como ele próprio se apaixonou – que façam parte, que acreditem, que partilhem dos mesmos objetivos e ambição e que estejam disponíveis para as mudanças necessárias. Tudo isto traz confiança, transparência e motivação para cada um dar tudo de si.
3 boas práticas para o novo líder digital
De acordo com a Gartner, estas três boas práticas ajudam o novo líder digital a dar um passo em frente, a evoluir o seu papel de gerir a mudança para comandá-la:
Adotar o princípio “pessoas em primeiro lugar” – Num ambiente digital, os líderes não podem simplesmente “gerir” o trabalho. Têm de incentivar as pessoas a participar. Não basta saberem o que querem alcançar com as novas iniciativas, têm de ouvir os colaboradores desde o início, perguntando-lhes como veem o resultado proposto, eliminando a insegurança, ajudando-os a definir a sua parte na missão e fornecendo uma perspetiva também dos benefícios individuais.
Desenvolver a confiança e a colaboração continuamente – A colaboração é a chave para o sucesso da liderança na era digital. Mas não é possível sem um propósito partilhado, sem envolvimento individual e coletivo e sem compromisso. Há duas questões fundamentais – atitude e ação. Os colaboradores têm de ser incentivados a desenvolver a atitude certa e estar dispostos a colaborar, quer com os membros da equipa quer em termos de metas e objetivos específicos.
Partilhar a liderança com sabedoria – Os verdadeiros ambientes colaborativos requerem uma liderança situacional e baseada na função. Sem a segurança de processos pré-definidos, os líderes não sabem com rigor quais as decisões ou direções necessárias ao longo do caminho. O líder digital não se importa de entregar as rédeas a outra pessoa e escolher o responsável certo para cada situação, conforme as circunstâncias o exigirem. Em vez de uma posição de poder baseada na autoridade, a equipa terá uma liderança situacional, baseada nas competências e até auto-organizada.
Liderar na era da transformação digital é, acima de tudo, inspirar pessoas e colocar o poder da tecnologia ao seu serviço. Já tem um parceiro para apoiá-lo nesta jornada? Conte com a INOVFLOW!
Paulo Magalhães
Executive Manager
INOVFLOW
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