Não existe maior desafio para CEOs e gestores do que construir e manter uma equipa motivada, envolvida e colaborativa. Afinal, as pessoas estão no centro de qualquer empresa e são elas que diferenciam as melhores das piores – mesmo com processos, ofertas e estratégias similares. A experiência mostra que isto vai muito além das questões salariais. A qualidade de vida é cada vez mais priorizada e, claro, abarca onde passamos a maior parte das nossas horas: no trabalho. O bom ambiente, o saudável equilíbrio entre o profissional e o pessoal, o acesso às ferramentas que facilitam as tarefas diárias, a autonomia, o espírito de entreajuda, o contributo para as decisões e processos-chave, a comunicação transparente e contínua, o reconhecimento e a consciência do papel individual para o desempenho global são amplamente valorizados e pesam bastante quer na produtividade quer no comprometimento.
Ser feliz no trabalho é a ambição de qualquer pessoa, seja gestor ou colaborador, e todos devemos focar-nos em consegui-lo. Muito parte de cada um de nós, mas as empresas têm um importante papel na criação das bases que o potenciam.
De facto, quando é possível conciliar energia e conhecimento com pessoas motivadas e unidas, vencer desafios torna-se um estímulo. Nada é mais motivador que ver os resultados do nosso trabalho e sentir que faz a diferença, que integra uma engrenagem que precisa estar bem oleada para o sucesso final.
Entre os benefícios de ter uma equipa motivada, envolvida e colaborativa, podemos destacar:
Promove a procura pelas melhores soluções – as pessoas deixam de ser meros executantes de determinadas tarefas, para darem o que se chama de “extra mile”, sabem que a sua opinião conta e têm à vontade para sugerir melhorias e novas abordagens. Afinal, ninguém percebe mais sobre o que fazem e o que seria necessário para fazerem melhor do que elas próprias. Em vez de terem uma atitude passiva passam a ter uma atitude ativa. No final, todos ganham.
Acrescenta valor como um todo – os membros da equipa trabalham para um objetivo comum, inspirando um forte sentido de propósito. Sabem que o desempenho de cada um implica todos os outros, pelo que se empenham para que a sua contribuição facilite e não atrapalhe todo o processo.
Incentiva o sentimento de pertença – ao saberem que são ouvidas, que são reconhecidas e que o sucesso da empresa é o resultado da soma das partes, mais facilmente as pessoas sentem a empresa como se fosse sua e se superam para dar o máximo de si.
Cria oportunidade iguais – existe um ambiente propício para a partilha de ideias, independentemente da função ou posição na hierarquia. Esta oportunidade é vital para o crescimento de todos e potencia sinergias com resultados surpreendentes.
A motivação, envolvimento e colaboração não acontecem por acaso, é preciso fomentá-las…
… É preciso quebrar barreiras e todos têm o seu papel para que isto aconteça, mas cabe ao líder preparar o “cenário”, entendendo e implementando as estratégias necessárias.
Vejamos 10 dicas que pode aproveitar:
1 – Reconheça o mérito – Além de um vencimento justo, dê um adicional que recompense a “extra mile”. Desta forma, além do valor pelo trabalho, o colaborador tem plena noção que ir mais além tem resultados práticos não só para a empresa como para si. Por outro lado, mesmo ao longo do tempo, pequenos gestos fazem a diferença, como um agradecimento/felicitação pessoal face a “achievements” específicos – algo que marque que o esforço foi notado e é reconhecido. E se a empresa superar os objetivos definidos, atribua um prémio aos colaboradores que assinale a sua contribuição. Tudo isto precisa de ficar bem definido de início – as pessoas têm de saber as responsabilidades base, os critérios para o adicional da “extra mile” e o que é preciso alcançar para o prémio.
2 – Garanta um local agradável de se estar – um lugar onde todos se sentem bem, onde também há espaço para fazer uma pausa, onde se pode trabalhar em equipa ou de forma mais concentrada, onde se promove uma cultura de “porta aberta”. Ou seja, onde cada um pode dar o melhor de si.
3 – Incentive o cumprimento do horário para evitar cansaço e desgaste – o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é fundamental para a produtividade, eficiência e satisfação no trabalho. Estar na empresa até mais tarde deve ser a exceção que confirma a regra e não uma situação que, de repente, se torna normal. Promova um ambiente em que as pessoas entregam-se ao máximo no seu horário, organizam-se para cumpri-lo, mas depois vão ter com a família e têm tempo para fazer tudo o resto que também gostam.
4 – Ofereça oportunidades para o desenvolvimento pessoal – incentive a autoaprendizagem (todos somos responsáveis pela nossa própria evolução), mas forneça também formações que enriqueçam os colaboradores, quer a nível mais técnico (relacionado com a área de trabalho) quer de soft skills (atitudes e comportamentos que facilitam a relação com os outros e melhoram o desempenho). Outra boa prática para partilhar conhecimento e ao mesmo tempo fomentar a relação entre todos é organizar formações dadas por membros da própria empresa – ver em que áreas existem “especialistas” e a quem essas competências podem igualmente ser úteis.
5 – Promova uma cultura de entreajuda e ética – isto é algo que tem de ser intrínseco e fomentado logo desde o recrutamento. Todos devem ter em mente que sozinhos são menos fortes que juntos e tem de existir uma predisposição para trabalhar em grupo, ajudar e não ser um bloqueador e gerador de conflitos. É muito importante todos saberem que “é a falar que nos entendemos” e resolver logo qualquer situação que possa prejudicar este espírito. Por outro lado, não se esqueça da boa prática de “elogiar em público e chamar a atenção em privado”.
6 – Incentive a partilha de ideias – quer através de reuniões especificas para tal, quer através de uma caixa de sugestões, quer através de um endereço de email criado para o efeito, quer no próprio dia-a-dia, todos os colaboradores devem ser incentivados a partilhar as suas ideias para melhorar a empresa e o seu trabalho em qualquer nível. É importante depois dar feedback sobre o seu andamento, implementação e resultados.
7 – Forneça as tecnologias importantes para o desempenho da função – é impossível ter uma equipa produtiva e feliz sem as ferramentas certas ou com ferramentas obsoletas. Um computador lento que só dá problemas e implica muitas paragens, desgasta qualquer colaborador e implica fazer o mesmo trabalho em muito mais tempo. Em termos de software, é importante investir em soluções que automatizem e simplifiquem tarefas (eliminado trabalho manual desnecessário, repetitivo e propenso a erros), otimizem processos e promovam a autonomia e a colaboração. Aqui assume especial criticidade quer as aplicações de negócio específicas para o trabalho em causa (por exemplo, software de gestão, marketing, Business Intelligence, CRM, etc), quer ferramentas de produtividade como o Office 365 (e o seu Onedrive, Yammer, Teams, etc), intranet e portal do colaborador que permitem a colaboração e comunicação bidirecional, as mensagens instantâneas (tipo chat), a partilha de documentos, o self-service numa série de tarefas, e a gestão das várias equipas.
8 – Crie canais de comunicação contínua – além do referido em cima, por exemplo uma newsletter regular que agregue as principais novidades, iniciativas e informações úteis. E, sempre que necessário, comunicações específicas. Nunca se esqueça que os colaboradores têm de ser os primeiros a ter conhecimento sobre o que de mais relevante se passa internamente – e não serem surpreendidos pela imprensa, pelos clientes ou pelos seus amigos.
9 – Junte a equipa com regularidade – mesmo no mundo digital atual, nada bate um encontro entre pessoas. Organize atividades de team building quer com toda a equipa quer entre departamentos, faça um kick-off no início do ano com todos os colaboradores para partilhar os resultados alcançados e a estratégia futura, promova pequenos encontros entre as chefias e os colaboradores, ou entre os membros de determinado departamento ou entre o diretor da empresa e os colaboradores. Por exemplo, pequenos-almoços que permitem aferir o grau de satisfação e as ações de melhoria a implementar, identificar e agir em tempo útil sobre eventuais resistências (a tão importante gestão da mudança), etc.
10 – Avaliações de performance, planos de carreira e inquéritos de satisfação – ninguém pode evoluir se não souber o que está mal, o que deve mudar e porquê. E para terem mais efeito, as avaliações devem ser recíprocas – isto é, o gestor avaliar o colaborador e este avaliar o gestor, com total transparência e sentido de aperfeiçoamento contínuo. Estas avaliações são uma boa base para a evolução na carreira. O colaborador deve saber que caminho pode percorrer e o que precisa de fazer para tal. Uma vez por ano, também poderá haver um inquérito de satisfação mais abrangente para identificar potenciais lacunas, preocupações e investimentos necessários ao nível da equipa.
Uma equipa motivada, envolvida e colaborativa é essencial para qualquer empresa ter sucesso. Por muito competente que seja uma pessoa, se não estiver satisfeita, se não se relacionar de forma correta com os outros, se não estiver “nem aí” para o desempenho global da empresa, se não for estimulada, se não tiver as ferramentas necessárias, nunca vai ser aproveitada ao máximo e pode “minar” os colegas. Antes que seja tarde, avalie a situação atual, defina o que é preciso fazer e acompanhe os resultados. Tudo isto é um processo dinâmico que exige controlo e ajustes sempre que necessário.
No que respeita às tecnologias que agilizam o trabalho diário, a INOVFLOW tem as soluções e a experiência para tornar a sua equipa mais produtiva, eficiente e feliz. Fale connosco e, juntos, vamos discutir por onde começar e com que resultados expectáveis.
Paulo Magalhães
Executive Manager
INOVFLOW
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