O estudo anual sobre riscos globais de negócios da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) inclui as opiniões de 2415 especialistas de 86 países e revelou que 37% dos inquiridos considera que os incidentes cibernéticos a par da interrupção de negócios (37% das respostas) são os principais riscos de negócio.
Segundo o barómetro da Allianz, o crime cibernético custa atualmente cerca de 600 mil milhões de dólares por ano, quando em 2014 rondava os 445 mil milhões de dólares. Este valor pode ser comparado a uma perda económica média de 10 anos causada por catástrofes naturais de 208 mil milhões. Embora os criminosos usem métodos mais inovadores para roubar dados, cometer fraudes ou extorquir dinheiro, há também uma crescente ameaça cibernética de estados-nações e grupos de hackers afiliados que se dirigem a fornecedores de infraestrutura crítica ou roubam dados valiosos ou informações comerciais confidenciais de empresas. Desta forma, estes incidentes são cada vez mais propensos a desencadear litígios, já que as violações de dados ou interrupções de TI podem gerar grandes responsabilidades de terceiros.
Para 39% dos 29 executivos portugueses que participaram no estudo, a interrupção de negócios, incluindo a suspensão de cadeias de fornecimento é o principal risco, o que é seguido pelos incidentes cibernéticos, como violação de dados e falhas de TI (36% das respostas), catástrofes naturais (33% das respostas), evolução do mercado (31% das respostas), alterações na legislação e regulamentação, evolução macroeconómica e novas tecnologias (18% das respostas), alterações climáticas, incêndios e explosões e retirada de produtos, gestão de qualidade e defeitos em série (15% das respostas).
Chris Fischer Hirs, CEO da AGCS, afirma que “as empresas precisam de planear uma grande variedade de cenários e estímulos disruptivos, já que é aí que a sua grande exposição se encontra na atual sociedade em rede. Os riscos disruptivos podem ser físicos, como incêndios ou tempestades, ou virtuais, como uma interrupção de TI, que pode ocorrer por meios maliciosos e acidentais. Estes podem derivar das suas próprias operações, mas também de fornecedores, clientes ou prestadores de serviços de TI da empresa. Seja qual for a causa, a perda financeira para as empresas após uma paralisação pode ser enorme. As novas soluções de gestão de risco, ferramentas analíticas e parcerias inovadoras podem ajudar a compreender melhor e a mitigar a infinidade moderna de riscos e evitar perdas antes que estes ocorram”.
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