Ser bem-sucedido na gestão de uma empresa mede-se, sem dúvida, pelos resultados alcançados. No final é para os números que se olha, mas o que está por trás desses números? O que verdadeiramente os influencia? Uma liderança eficaz é meio caminho andado para chegar a bom porto.
De facto, as empresas são maioritariamente feitas de pessoas e o verdadeiro desafio está na capacidade de efetuar a sua boa gestão – entender que o capital humano é crítico e é o que distingue realmente as empresas. Envolver os colaboradores no projeto e conseguir que “vistam a camisola”, se entreguem “como se a empresa fosse sua” e deem o “extra mile” é uma tarefa complexa, que exige dedicação, vocação e habilidade, mas a recompensa é notável. Materializa-se de forma natural em ganhos de produtividade, eficiência, motivação “contagiosa” e, em última análise, vendas.
Os especialistas (*) indicam que os líderes com um grau elevado de inteligência emocional – boa capacidade para identificar e gerir as próprias emoções e as de terceiros – têm mais sucesso no desígnio. Também defendem que esta característica, tal como a própria capacidade de liderança, pode ser trabalhada e melhorada.
Deixamos-lhe algumas pistas de como fazê-lo, inspiradas em comportamentos padrão numa liderança eficaz e colocando sempre as pessoas no centro do negócio:
Ser um líder e não um chefe
Ponto prévio: ter poder não é o suficiente para ser um líder. Poder gera obediência, mas uma liderança eficaz procura o respeito e envolvimento das suas equipas, dá o exemplo, orienta e guia. Muito mais do que uma posição hierárquica definida num organograma, é reconhecida como tal pelas atitudes no dia-a-dia.
Comunicar muito e bem
A clareza da comunicação é fundamental para manter as equipas alinhadas com o projeto e garantir que cada colaborador sabe o que tem de fazer e dá o melhor de si. É igualmente importante para criar um ambiente de diálogo permanente, que fomente o sentimento de pertença e de partilha de objetivos e ambições comuns. Afinal todos estão no mesmo barco e o trabalho de um é uma peça de um puzzle que só é eficaz quando é complementado com os dos restantes.
Cultivar a transparência
Uma gestão transparente partilha informação relevante, dá contexto às decisões tomadas, recolhe e transmite feedback. Com isto derruba barreiras, mostra que todos contribuem para o bem comum – o sucesso da empresa – e como podem fazê-lo melhor a cada momento.
Criar empatia
Uma liderança eficaz implica criar empatia e saber ouvir. Manter proximidade com os colaboradores é essencial para conseguir identificar e abordar problemas que em silêncio se transformam numa bola de neve e podem criar mau ambiente e desânimo, contaminando toda a equipa. Estar disponível, manter a porta aberta, mostrar interesse pelo bem-estar, ajudar a evoluir, fomentar a confiança e ser proativo na relação são aspetos muito importantes.
Liderar pelo exemplo
Apregoar valores e formas de trabalho sem segui-las vai retirar força à mensagem de qualquer líder. Se quiser ver na sua equipa valores como a responsabilidade, perseverança, criatividade, respeito, integridade, abertura, empenho, segurança nas decisões e capacidade de melhorar aspetos menos positivos, o líder deve ser o primeiro a segui-los.
Fomentar a partilha de ideias
Uma liderança eficaz promove a troca de ideias. Os colaboradores apreciam sempre o facto de serem valorizados, de terem plena consciência que a sua opinião conta e que contribui efetivamente para o resultado final. É esta predisposição que deve ser fomentada para que a equipa não se sinta inibida e possa trazer soluções de melhoria pelo seu know-how e experiência. Além das conversas informais, aqui funcionam muito bem os portais web (intranets), grupos nas redes sociais, instant messaging e eventos/encontros presenciais.
Elogiar, destacar o sucesso
O reconhecimento de um trabalho bem feito tem um forte impacto na motivação dos colaboradores e é algo que um líder deve ter sempre presente. Elogiar quando há razões para isso, de forma direta e no momento devido. E nunca esquecer que o elogio pode ser em público, mas a chamada de atenção deve ser em privado, para não causar constrangimentos desnecessários.
Delegar tarefas
Muitos gestores ainda olham para esta possibilidade com desconfiança e como sinal de perda de poder e influência. Pelo contrário, é uma forma de demonstrar confiança nos colaboradores e potenciar o seu talento. Para ser eficaz, exige um bom conhecimento das equipas e de quem tem as melhores capacidades para cada tarefa.
Avaliar e debater resultados abertamente
Manter uma política bem estruturada de avaliação de resultados e partilhar as conclusões é importante para manter esforços alinhados e uma oportunidade adicional de networking e troca de ideias entre colaboradores. Criar iniciativas regulares com este objetivo é uma medida inteligente e cada vez mais praticada.
Os seus colaboradores estão felizes?
Fala-se cada vez mais em equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas na prática nem sempre se promove. Horários flexíveis, incentivos à prática de desporto, à promoção da saúde e bem-estar ou à formação e desenvolvimento pessoal podem contribuir para uma gestão eficaz no equilíbrio destes dois mundos.
Como pode concluir, uma liderança eficaz não é simplesmente dar ordens. É saber comunicar, envolver e motivar. É ter tempo para dedicar à evolução e melhoria contínua da equipa. É focar-se nos aspetos mais estratégicos/criativos e ter as ferramentas que permitam que as tarefas mais burocráticas sejam o mais automatizadas e otimizadas possível. Neste âmbito, a tecnologia em geral e o software de gestão em particular são uma preciosa ajuda, nomeadamente soluções como o Office 365, o Dynamics CRM e o Omnia Employee. Conte connosco!
Entretanto, subscreva a nossa newsletter para ficar a par de todas as novidades e não perder nenhum artigo do blog da INOVFLOW!
*Daniel Goleman, especialista em ciências comportamentais e autor do livro inteligência emocional
Rui Pires
Consulting Manager – INOVFLOW
Comments are closed.